Não afastes os teus olhos dos meus

2011 foi um ano estranho. Não fiz um único post em todo o ano. Nem sequer uma foto. Nem sequer me dei ao trabalho de fazer manutenção a sério no blog. Estava para aqui parado à espera de qualquer coisa. Agora deu-me para voltar a escrever, de repente. Uma vontade que sei de onde vem, mas não esperava. Devia ser a última coisa que eu realmente esperava para este ano. Até o resto eu podia pensar que fossem possibilidades, mas escrever não era uma delas.

Qualquer coisa é pretexto. Basta uma palavra e desato a debitar outras em sequência. Não paro, não consigo parar. Não sei mesmo se fazem sentido, se o discurso é consistente. Sei que a língua utilizada não é consistente. Tem a ver com as músicas. Agora foi esta sugestão que me pôs a escrever isto.

Gostava de parar o tempo, de agarrar o tempo, de conseguir que ele não se movesse ao meu capricho. Que os meus olhos pudessem ficar nos teus e o tempo lá fora não existisse. Que a vida do mundo fosse nos intervalos da nossa. Não como agora, em que estamos nos intervalos da vida.

Era bom poder parar o tempo.

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